A mais antiga evidência registrada de coleta de mel, se encontra nas Cuevas de la Araña, perto de Bicorp, na Espanha e é estimada entre 8.000 a 10.000 anos.
Esta pintura rupestre mesolítica retrata uma pessoa escalando para alcançar um ninho de abelhas selvagens, com abelhas voando ao redor e favos de mel visíveis, fornecendo uma documentação precoce das atividades humanas de colheita de mel.
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A coleta de mel e a domesticação de abelhas têm uma longa história que remonta a milhares de anos.
No Egito Antigo, a apicultura era bem desenvolvida. Papiros e relevos mostram o uso de colmeias cilíndricas de barro e a importância do mel tanto na alimentação quanto na medicina e rituais religiosos. O mel também era usado como oferenda aos deuses e como agente embalsamador.
Na Mesopotâmia, há registros que datam de 2.000 a.C. mencionando o mel como um produto valioso. Na Grécia Antiga, o mel era consumido e usado em medicamentos. Aristóteles escreveu extensivamente sobre abelhas em suas obras.
Durante a Idade Média, a apicultura continuou a ser importante na Europa. Os monges, em particular, se destacaram na criação de abelhas, já que o mel era usado como adoçante e cera de abelha para fazer velas para as igrejas. Também, manuscritos da época mencionam técnicas de apicultura
Com o Renascimento, houve um renovado interesse científico na natureza e nas abelhas. Em 1622, Charles Butler publicou “The Feminine Monarchie”, um dos primeiros livros detalhados sobre a apicultura.
Em 1852, Lorenzo Langstroth, um clérigo e naturalista americano, inventou a colmeia de quadros móveis, que revolucionou a apicultura ao facilitar a coleta de mel e a manutenção das colônias sem destruí-las.
A apicultura moderna beneficia-se de avanços científicos e tecnológicos, incluindo a genética, a química e a biologia, para melhorar a saúde das colmeias e a produção de mel. A preocupação com a preservação das abelhas e o impacto dos pesticidas levou a um interesse renovado na apicultura sustentável.
O mel sempre foi apreciado como alimento e medicamento. Diferentes culturas têm receitas tradicionais que incluem mel e o utilizam em tratamentos naturais.
Abelhas e mel são simbólicos em muitas culturas, representando desde diligência e cooperação até doçura e saúde.
Além da produção de mel, as abelhas desempenham um papel crucial na polinização de plantas, sendo essenciais para a agricultura e a biodiversidade.
Hoje, as abelhas enfrentam desafios significativos, como doenças, perda de habitat, uso de pesticidas e mudanças climáticas. Esforços estão em andamento globalmente para proteger as populações de abelhas e promover práticas de apicultura sustentável.
A história da apicultura mostra a relação íntima e duradoura entre humanos e abelhas, refletindo a importância desse inseto tanto no passado quanto no presente.
✍️Fagner Oliveira
Paulo C. Pinto
Eternamente Annunnaki e equipe