A CÚPULA DO PANTEÃO
🏛️ Quase dois mil anos após a sua construção, a cúpula do Panteão de Roma continua a ser a maior cúpula de concreto sem tensões do mundo.
A altura do óculo (o orifício central da cúpula) e o diâmetro do círculo interno são iguais e somam 43 metros.
Os romanos não inventaram o concreto.
Era conhecido centenas de anos antes da construção do Panteão. Aparentemente, foi usado pela primeira vez pelas tribos beduínas nabateias no que hoje é o sul da Síria e o norte da Jordânia, que o usaram para criar depósitos subterrâneos ocultos por volta de 700 aC.
A receita básica do concreto utilizado pelos romanos pode ser encontrada no livro Sobre Arquitetura do arquiteto romano Vitrúvio, publicado 100 anos antes da construção do Panteão.
Vitrúvio descreveu como fazer concreto a partir de cal e areia pozolânica, um tipo de cinza vulcânica encontrada perto de Nápoles, misturada com massa rochosa.
Vários agregados têm sido usados para dar diferentes densidades ao concreto.
O calcário travertino deu às fundações do Panteão uma densidade de 2.200 kg por metro cúbico, enquanto a pedra mais leve foi escolhida para a cúpula.
As pozolanas, compostas por materiais de sílica e alumínio, não possuem propriedades cimentícias em si, mas quando misturadas com água, reagem quimicamente com o hidróxido de cálcio em temperaturas normais para formar compostos cimentícios.
Foi a química desse material que se tornou a base da durabilidade da cúpula, permitindo-lhe resistir por dois milênios sem o uso de modernas barras tensoras de aço.
Paulo C. Pinto
Eternamente Annunnaki e equipe